terça-feira, 9 de novembro de 2021

A Arte do Encontro, de Tadeu Rodrigues Iuama

Em uma nova parceria com o pesquisador Tadeu Rodrigues Iuama (autor de O Verso da Máscara e tradutor de Artes Participativas) e com a Editora Provocare, o NpLarp participa da publicação de mais um livro em domínio público.

A Arte do Encontro: Ludocomunicação, larps e gamificação crítica é um livro criado a partir da tese de doutorado do pesquisador, gestada na Universidade Paulista, dentro do grupo de pesquisas Mídia e Estudos do Imaginário.

Dividida em uma pesquisa bibliográfica crítica acerca da gamification e numa autoetnografia da participação em larps, a pesquisa propõe um modelo lúdico e, portanto, comunicacional, pautado pela complexidade, pela contra-hegemonia e pela ecologia. Por ludocomunicação, conceito defendido em A Arte do Encontro, compreende-se um contraponto à gamification – pautada pela competividade e pela virtualização – que visa a utilização de dinâmicas lúdicas para promover a formação e manutenção de relações comunitárias.

O livro conta com prefácio do Prof. Dr. Jorge Miklos (que também orientou a pesquisa), e posfácio da Profª. Drª. Míriam Cris Carlos Silva (que também é a responsável pela Provocare, editora do livro). 

Entre a versão da tese e essa versão em livro, o texto contou com uma revisão editorial do Luiz Prado e com a diagramação do Luiz Falcão, ambos no NpLarp – Núcleo de Pesquisa em Larp e Artes Participativas. 

Você pode faer o download do livro em quaisquer das opções abaixo

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Larp Brasil - Roteiros para Larp


O site larpbrasil.blogspot.com é um site alimentado desde 2013 (possivelmente) com larpscripts (também chamados de roteiros, programas, manuais... o nome pode variar).

É um repositório: um 'lugar' na internet para reunir textos a partir dos quais você mesmo - ou um grupo de pessoas - possa fazer um larp acontecer.

Nesse site, você encontrará variados roteiros com estilos, propostas, visões do larp, durações, quantidade de jogadores, recursos necessários à produção... muito diversos.

Hoje são 76 jogos, de 41 autores, de 9 países diferentes. A maioria, brasileiros, mas não só. Temos larps noruegueses, suíços, poloneses, palestinos...

Vale a pena navegar e perder-se em meio a tantas propostas e caçar aquela que se comunica com você e com seu grupo de jogo.

O site também, é claro, é aberto a colaborações.

É um trabalho lento, mas prolongado - e a ideia é que qualquer pessoa possa se beneficiar dos frutos dele.

Na atualização de Julho de 2020, larps de Luiz Falcão, Luiz Prado, Cecília Reis, grupo Coral Amarelo, Igor Moreno e James Lórien MacDonald - com diferentes temas e formatos.

http://larpbrasil.blogspot.com/2020/07/ultimas-atualizacoes.html

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Um Manifesto para os Laogs - Live Action Online Games

por Gerrit Reininghaus
publicado no nordiclarp.org em 14/06/2019


Laog
é a abreviação para live action online game - e isso diz tudo, não é? Podemos jogar larp quando estamos atrás de nossa câmera de vídeo. Podemos jogar com pessoas de todo o mundo e estar 100% no personagem. Podemos usar metatécnicas, estar completamente no personagem (podemos dizer, imersos 360 graus) ou sair dele para definir o jogo em atos.

Laog é um domínio de design que queremos explorar e definir criando e jogando jogos com ele.

Este documento é sobre o que aprendemos, o que imaginamos e o que recomendamos.

[Aviso: não estamos presos ao termo laog - 'larp digital' ou 'larp online' também funcionam. O que depõe a favor de laog: não é um termo derivado de outras formas de jogo.]

Captura de tela de Gerrit Reininghaus de uma sessão de jogo de The Election of the Wine Queen. O jogo foi publicado no Codex Sunlight, que poderá ser encontrado em breve no DriveThruRPG. As pessoas na imagem deram permissão para seu uso. Usado com permissão do autor.

Jogando Online

Jogar online nos fornece algumas ferramentas extras, exige boas práticas e impõe certas restrições.

Mais ferramentas

Ter uma janela de bate-papo para interação fora dos personagens é uma oportunidade em muitos aspectos: metatécnicas, check-ins de segurança, perguntas técnicas e sobre regras etc.

A distância física entre os jogadores permite, sob certas circunstâncias, que nos sintamos mais seguros. A porta de saída está sempre aberta e fica a apenas um clique de distância. Você pode voltar para casa um segundo depois que decidiu partir. Os bate-papos privados entre jogadores podem ser uma maneira adicional e não intrusiva de fazer check-in, para um debrief contínuo, para trabalhar a experiência.

terça-feira, 3 de abril de 2018

O Verso da Máscara, de Tadeu Rodrigues Iuama

É com grande satisfação que anunciamos a publicação do livro O Verso da Máscara: Processos Comunicacionais nos larps e RPGs de mesa, do pesquisador Tadeu Rodrigues Iuama.


O livro é resultado do mestrado do pesquisador, defendido em 2016, revisado e diagramado pelo NpLarp e está sendo publicado - sob domínio público! - pela Editora Provocare. A publicação também conta com prefácio de Mônica Martinez e posfácio de Jorge Miklos.


A versão impressa pode ser adquirida com o autor e, em breve, com o NpLarp.

Uma das marcas de nossa condição humana é a capacidade de dar vida aos vários “eus” que nos habitam, ou, nas palavras de Fernando Pessoa, a possibilidade de outrar-nos. Podemos nos transformar, jogando, naquilo que não somos, de fato, em nosso cotidiano. Podemos viver mundos distintos, diferentes culturas, situações inimagináveis, lugares impossíveis. O teatro, a literatura, o cinema, as histórias em quadrinhos, as brincadeiras, entre tantas outras invenções humanas, são artifícios para alargarmos a nossa experiência; são, portanto, modos de jogar com outros humanos e, mais do que isto, são jogos que empreendemos com nosso próprio ser, pois permitem testar nossos limites e habilidades. Oferecem-nos a oportunidade de uma transformação da subjetividade, sem riscos imensuráveis. Retiram-nos do cotidiano para talvez nos devolver mais plenos e conscientes do que somos, não somos e desejamos ser. Nesta obra, os jogos narrativos - role playing games (RPG) e live action role play (larp) - são abordados a partir de suas características de produtos culturais e processos comunicacionais, por sua possibilidade de criarem vínculos e de trazerem à tona narrativas que remetem à experiência dos jogadores. Pensar os jogos como comunicação permite pensar a comunicação como jogo, como forma de nos adaptarmos às diversas arenas, regras, situações, adversários e parceiros com os quais nos relacionamos ao longo de nossa existência. Esta obra nos revela que, com a comunicação, jogamos para nos mantermos vivos em meio ao embate com os tantos que somos. Que a cada jogo, é o que esperamos, possamos criar uma versão melhor de nós mesmos.
Míriam Cristina Carlos Silva

quarta-feira, 14 de março de 2018

Uma espiada no próximo projeto do NpLarp

Estamos em silêncio, mas estamos trabalhando.

Próximo projeto do NpLarp está sendo realizado (e chegando nos finalmentes) em parceria com a Provocare Editora - quem advinha do que se trata?

sábado, 17 de dezembro de 2016

Elge Larsson

Hoje é um dia muito significativo para o larp, para mim, e para minha relação com o larp, por n motivos.

Primeiro, há exatos cinco anos eu estava realizando, com os companheiros Cauê Martins e Erika Bundzius, o larp A Clínica: Projeto Memento. Uma produção paradigmática, na minha trajetória no larp e para o larp no Brasil de uma maneira geral, como eu acredito e já deixei explícito em muitas palestras, artigos e inclusive na minha participação no Knutpunkt em 2014. Luiz Prado, que hoje toca os projetos do NpLarp, Boi Voador e FERVO junto comigo, estava entre os jogadores - e considera esse larp um ponto de virada também no seu entendimento da linguagem.

Segundo, eu descobri recentemente que o dia 17 de dezembro marcava, na Roma Antiga, o início das festividades da Saturnália, que é uma ocasião que, além de ter suas relações com a linguagem do larp, dá nome ao grupo de larp de Dourados - MS, encabeçado por Tig Vieira, que eu tenho a felicidade de ter incentivado e acompanhado à distância graças a generosidade e curiosidade deste interlocutor

E terceiro porque hoje, em algum lugar de Estocolmo, na Suécia, está sendo celebrado, enquanto escrevo essas linhas o Memorial Evening de Elge Larsson (1944–2016), uma noite dedicada à sua memória.


Elge deixou esse mundo para finalmente transgredir a realidade física (como disse Mike Pohjola na ocasião de seu falecimento) entre os dias 3 e 4 de novembro. Foi vítima do câncer, contra o qual lutava há anos. Quando o conheci - virtualmente - já estava doente. Lembro dele ter mencionado que não estava podendo viajar de avião, por conta de complicações de saúde.

Mais tarde, apresentou tamanha melhora que chegou a mencionar que talvez viesse para o Brasil, visitar um amigo - outro sueco que está morando aqui, e com o qual eu também me correspondia. A última coisa que eu disse a Elge Larsson foi “Come to Brazil, Elge”, em resposta àquela afirmação.

Mas o câncer é uma doença traiçoeira - e Elge voltou a piorar. Sua última postagem no facebook - a não ser é claro por um vídeo humorístico - foi um “cancer report” onde ele dizia que os médicos haviam lhe dado não mais que um ano de vida. Foram apenas alguns dias, infelizmente.

Quem passar os olhos pela linha do tempo de Elge naquela rede social poderá ter ideia do quanto ele era querido e amável. Os relatos e depoimentos, todos, concordam em vários aspectos. Ele era um homem muito generoso e com um espírito jovem. Recusava o título de “vovô do larp”, como recusava ser tratado de forma diferente por ser mais velho. Representava o encontro de duas subculturas, marginais e transgressoras: o movimento hippie e o larp. Era, para muitas pessoas, como um padrinho acolhedor, mas sobretudo, para a maior parte deles, um amigo. Há posts de muitas pessoas ali: de “celebridades” do mundo do larp como Martin Ericsson (da White Wolf) e Claus Raasted (dos larps de Harry Potter), de familiares, amigos e pessoas que o viram poucas vezes (especialmente alguns alunos seus da Faculdade de Magia e Bruxaria, onde ele costumava ser professor). De faixas etárias, nacionalidades e biografias completamente diferentes. Muitos parecem concordar com a importância que Elge teve em suas vidas - de alguma forma ele fez a diferença.


Eu não o conhecia pessoalmente, mas a morte de Elge me acertou com impacto profundo. Um impacto que dificilmente eu poderia imaginar que esse evento teria.

Eu conheci Elge através do coletivo Deltagar Kultur/Ineracting Arts. Foi um dos primeiros materiais do larp nórdico ao qual tive acesso - talvez antes mesmo de conhecer o Dogma 99. (Isso foi em 2009? 2010?) Trata-se de um coletivo sueco que, entre outras produções que me fascinaram (como uma atividade com máscaras em praça pública que parecia ser um larp, ou um mp3 para baixar e seguir as instruções na cozinha, que influenciou minhas pesquisas também no fazer teatral com o coletivo Sáfaro… avataravo) tinha publicado, no issuu, duas edições internacionais da revista Interacting Arts. “Nós somos o que acontece quando o escapismo contra ataca”. “Roleplaying Radical”. Eram os slogans da publicação, com forte teor político, que me deixou apaixonado.

Algum tempo depois, eu passei a acompanhar as demais atividades e publicações do grupo à distância. (Até seu fim, há alguns anos). Uma postagem singela no blog do Eirick Fatland (Tips & Traps) abriu minha cabeça de modo muito potente para o que significava esse diacho de “arte participativa”. E eu passei a namorar muito seriamente o livro Deltagar Kultur, por alguns anos, que só existia em sueco e estava disponível em copyleft pela internet.

A inquietação e curiosidade acabou me levando, em 2014, a procurar os autores diretamente para saber mais a respeito. Consegui o contato de dois deles, Elge Larsson e Gabriel Widding, que foram muito generosos e acolhedores. (Diga-se de passagem, duas palavras que parecem caracterizar Elge são “transgressão” e “generosidade”). Widding inclusive é quem organiza o evento da noite de hoje, em homenagem ao colega e amigo. Mais jovem e com uma pesquisa que engloba também o teatro, Widding tinha estado recentemente no Brasil para um festival de Teatro Épico. Mas quem deu atenção a minha curiosidade pelo Deltagar Kultur foi Elge Larsson. Os quatro autores haviam começado uma tradução para o inglês, que não havia andado por falta de um editor.

Deixando muito claro que estávamos na absoluta ilegalidade, Elge contrabandeou essa versão para mim - e foi o primeiro livro em inglês que eu li até o final. Vale dizer nesse ponto que apesar o meu envolvimento com a cena de larp internacional meu inglês é péssimo. O que nunca impediu Elge de elogiá-lo, mesmo que vez ou outra não entendesse nada do que eu dizia. Desse episódio em diante, conversamos bastante pela internet. Eu animado por ter um interlocutor sueco, mais velho e mais experiente que eu. Ele animado por ter um leitor engajado no Brasil (o que para alguém na Suécia deve ser bem bacana mesmo, visto que o livro em questão sequer havia sido publicado em inglês).

Passei a incorporar a leitura do Deltagar Kultur em meu repertório e, com autorização dos autores, a cavar aqui no Brasil uma oportunidade de publicá-lo em português. Elge Larsson e Gabriel Widding me garantiram que eles poderiam vir ao Brasil para o lançamento, caso isso realmente se concretizasse.

É aqui que a história ganha ares mais impactantes.

O contato com a editora que ia publicá-lo acabou esfriando, junto com a procura por um tradutor parceiro, que topasse dialogar comigo e com os autores sobre as possibilidades e especificidades da produção. Até que, no dia 18 de outubro deste ano, após a defesa de mestrado do colega sorocabano Tadeu Rodrigues Iuama, ele próprio retomou o assunto. “Agora que eu terminei o mestrado, vamos fazer aquela tradução do Deltagar”. Grande parceiro, professor de inglês e mestre em larp por uma faculdade de comunicação, a notícia não podia ser mais bem vinda. Combinei de apresentá-lo ao Elge Larsson, meu contato, assim que voltasse para São Paulo. Mas estávamos às vésperas do Encontro de RPG do CCJ, onde todos os anos acumulo muitas funções, e pedi para esperarmos alguns dias. Na semana seguinte, estava envolvido com os preparativos para a festa de aniversário da minha filha - e acabei não fazendo o combinado também. Tendo em vista minha demora, o próprio Tadeu Rodrigues o procurou. Elge foi solícito, como sempre, mas monossilábico. Enviou para ele todos os arquivos, os contato dos demais autores e a confirmação “Go Ahead”. Foi tudo o que ele disse. (isso foi no dia 30 de outubro).

No dia 4 de novembro, debatíamos eu e o Tadeu Rodrigues sobre minúcias da tradução. Dia 6, de manhã, foi ele quem me deu a notícia. Elge Larsson estava morto. Foi a primeira coisa que soube ao acordar.

Foi por um triz.

Eu deixei de apresentá-los. Deixei de trocar as últimas palavras afetuosas com o Elge (ele sempre era absolutamente afetuoso, mesmo sem me conhecer pessoalmente). Elge também não viria ao Brasil. Nem para ver seu amigo que está morando aqui, nem para o lançamento de seu livro em português. Eu não poderia conhecê-lo pessoalmente e passar alguns momentos com ele em um futuro Knutpunkt. Não poderia ouví-lo falar sobre o larp como possessão, ou qualquer outro assunto que ele viesse a desenvolver, quando meu inglês me permitisse entender o enunciado com tranquilidade.

Mais que isso.

Elge foi a primeira pessoa envolvida com larp, que eu conhecia e com quem eu dialogava, que eu “vi” morrer. Para mim, foi de certa maneira um aviso: Elge leva com ele todo o conhecimento que, de alguma forma, não passou adiante.

No início desse ano, eu me comprometi com uma missão - que como todo compromisso de ano novo, neglicenciamos - a produção de conhecimento é mais importante que disseminação de informação. Trabalhamos muito, mas falamos pouco sobre nosso trabalho. A morte de Elge me deu a dimensão da efemeridade desse conhecimento acumulado. O que não registrarmos em textos, vídeos, o que não passarmos adiante em histórias e convívio, se perderá.

A linha do tempo de Elge no facebook passou a revelar uma porção dessas histórias. (Uma infinidade de outras, ele levou consigo). Ele é um dos organizadores do larp Dragonbane (aquele com o dragão de 15 metros). Mas até então eu não sabia que ele havia pedido dinheiro emprestado para o Claus para cobrir uma dívida de produção do jogo - e que a relação dele com dinheiro era séria, mas desapegada. Eu também não sabia que foi ele quem traduziu A Jornada do Herói, do Campbell, para o sueco. Ele também apresentou em 2014 (o mesmo ano em que o Wagner Luiz Schmit e eu apresentamos meu artigo no Knutpunkt) uma fala brilhante sobre imersão como possessão, cujas anotações ele publicou na internet. A gravação em vídeo sofreu algum problema e nunca foi compartilhada, mas outro amigo estava lá assistindo, o português José Jácome, e me deu alguns detalhes sobre como foi a exposição.

Eu demorei alguns dias para entender e interpretar o que essa perda significava para mim. Uma sessão com meu terapeuta foi toda dedicada a compreender o que isso queria dizer. O emaranhado de relações simbólicas, de coincidências, de sincronicidades, influências e correspondências.

Com meu psicólogo, entendi que a vida de uma pessoa ganha outro sentido no momento de sua partida. E pessoas do mundo inteiro, nesse momento, estão celebrando essa passagem nesta noite. Em Elge, perdi um interlocutor generoso, e ganhei um modelo sobre o qual refletir, uma obra sobre a qual me debruçar.

Elge foi embora, restam os resultados de seu trabalho, as influências pequenas e/ou grandiosas que ele deixou em sua passagem por nosso mundo - e uma porção de ensinamentos e sensibilizações que ainda vão se desdobrar para sempre, no que permaneceu de suas ações, e nas ações daqueles nos quais algo dele permaneceu.


* Luiz Falcão é fundador do Nplarp.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Defesa de mestrado de Tadeu Rodrigues Iuama

No dia 18 de outubro, terça-feira, Luiz Falcão e Luiz Prado estiveram na Uniso, Universidade Sorocaba, para assistir a defesa de mestrado do companheiro Tadeu Rodrigues Iuama, o Barba.

Conhecemos o Barba em 2013, quando levamos o Boi Voador para um evento onde o Taberna Terra Rasgada - grupo do qual ele faz parte - estava organizando a programação de RPG. Tendo conhecido o Falcão em um grupo de Facebook ligado a RPG, sabia que ele fazia esse tal de live-action. Foi um convite despretensioso...

Naquele mesmo dia, após uma palestra do NpLarp, ele e outros parceiros foram jogar para ver o que é que era esse tal de larp que fazíamos! Foi possivelmente o "Boa Noite Queridinhas" mais longo que já jogamos. Muitos daqueles jogadores dizem até hoje que foi uma experiência transformadora. Para o Barba talvez tenha sido a mais transformadora dentre todos.

Algumas participações em eventos, muita jogatina, bate-papo, visitas, podcasts, mais jogatina, mais bate-papo, trocas de bibliografia, etc, etc, etc... * E três anos depois (o primeiro contato foi 11 de outubro de 2013) lá está o Barba defendendo sua dissertação sobre larp.

10. Com louvor. Indicado à publicação. Indicado à continuidade da pesquisa no doutorado.

A primeira dissertação sobre larp na área da comunicação. A mais completa revisão bibliográfica sobre larp já feita. Um projeto de pesquisa absolutamente estimulante.

Um momento histórico para o larp - e para os envolvidos nessa história de paixão.

Ao novo mestre, nosso muito obrigado.

A todos os demais: o centro da pesquisa foi o larp Sê um viajante numa noite de inverno, do companheiro Luiz Prado.

A pesquisa Processos comunicacionais nos jogos narrativos: A relação entre o roleplay e as histórias de vida dos Players, de Tadeu Rodrigues Iuama já pode ser acessada no site da Uniso.

A orientadora Monica Martinez, Tadeu Rodrigues Iuama, e os professores Jorge Miklos e Miriam Cris Carlos. (Foto: Gisele Souza)



* Há alguns registros dessa parceria. Postamos um breve relato sobre nossa participação no evento Fantasy Arts em 2014, onde realizamos diversos larps e roleplaying poems. Estivemos duas vezes no Panzercast, o podcast onde o Barba é um dos apresentadores: um programa especial sobre larp e outro sobre o larp Ouça no Volume Máximo.


Leia também:

Relato da pesquisadora Vanessa Heidemann, do grupo de pesquisa NAMI, da Uniso, sobre esta defesa de mestrado.